Entomosporiose

Saiba tudo sobre essa doença!

A entomosporiose é uma doença fúngica causada por um fungo ascomiceto denominado Entomosporium maculatum. O nome desta doença deriva da forma dos esporos que se assemelham a insetos. A entomosporiose é encontrada principalmente em arbustos ou árvores da família Rosaceae, como marmelo, pera, maçã, nêspera ou fotínia, espinheiro, cotoneaster … A doença é relativamente benigna, exceto no marmeleiro.

Descrição da entomossporiose

O aparecimento de pequenas manchas necróticas, mais ou menos arredondadas, variando de cor do vermelho escuro ao marrom sólido, e isso nas duas faces das folhas, pode ser considerado o primeiro sinal da doença. Em seguida, a formação de esporos se manifesta por pequenas áreas pretas, no centro dessas lesões. As manchas crescem, unem-se e fazem com que a lâmina da folha rache e as folhas caiam prematuramente. Além da aparência feia das folhas e de sua queda, às vezes ocorre uma desaceleração no crescimento da planta. A entomosporiose também pode se desenvolver nos frutos, causando deformações e rachaduras, tornando-os impróprios para o consumo.

Biologia Entomosporium

O fungo que causa a doença sobrevive no inverno nos restos de folhas e galhos. Na primavera, os esporos liberados são disseminados pela chuva e pelo vento. As primeiras manchas aparecem nas folhas após duas semanas, no máximo. Outros ciclos de contaminação podem ocorrer durante o verão, principalmente durante a formação dos frutos. Uma primavera chuvosa, acompanhada de temperatura abaixo de 20 ° C, cria condições favoráveis para o desenvolvimento da doença. Por outro lado, um período de seca retarda sua evolução.

Prevenção e controle de entomossporiose

O primeiro reflexo profilático deve ser o de conduzir uma plantação em terreno saudável, limpo, se necessário, pela queima total de todas as partes afetadas, folhas, frutos e galhos contaminados. Em seguida, será necessário garantir a aquisição de plantas totalmente livres de pragas. O plantio deve proporcionar espaçamento suficiente entre os sujeitos, fertilização moderada e irrigação ao pé das lavouras, evitando-se borrifar. Se a doença se manifestar de qualquer maneira, é imperativo usar uma pulverização à base de cobre, mistura bordalesa por exemplo, especialmente no início da vegetação, e novamente, algumas semanas depois. O marmelo, que é particularmente sensível à entomossporiose, deve passar por este mesmo "tratamento" como medida preventiva, assim que as folhas caem no outono. Finalmente, se as condições meteorológicas forem muito favoráveis para a ocorrência desta doença fúngica, o controle químico com um fungicida sintético adequado é possível (cf. índice fitossanitário ACTA). Por C. Schutz Croué