Combinar arte e decoração agora ao alcance de todos
Quem nunca sonhou em poder contemplar uma pintura de Gauguin ou Andy Warhol nas paredes do quarto? Hoje a arte está se democratizando e saindo do serralho de especialistas e privilegiados.A aquisição de uma obra passou a ser acessível ao grande público. O vínculo estimulante entre arte e decoração é uma história de longo prazo. Sem se perder num debate artístico e desnorteado com a história das civilizações, sendo o homem sedentário, a ornamentação do habitat, o requinte dos acessórios quotidianos são uma necessidade in alterada.Dos afrescos de Lascaux aos mestres da Renascença, a linha entre arte e decoração costuma ser tênue. Os artistas do século XX obscureceram ainda mais esse limite. Marcel Duchamp transformou assim o utensílio manufaturado em uma obra de arte. Então a pop art se interessou por objetos comuns, emprestando seus códigos e insígnias da cultura popular. O lugar do design e das artes decorativas na sociedade confirma que a estética e a utilidade andam agora de mãos dadas. Hoje em dia, qualquer elemento doméstico pode ser uma obra em si. E se apostarmos no futuro, o tempo dá uma pátina ao objeto, podendo torná-lo um “item de colecionador”. O preço de certas raridades em mercados de pulga e antiquários mostra que um investimento funcional pode ser uma aquisição de colecionador. Unir arte e decoração agora está ao alcance de todos. Na internet, abundam os sites de copistas profissionais, multiplicam-se as galerias online, as locadoras de arte para pessoas físicas e jurídicas.O mercado de objetos culturais e itens de museus está crescendo. Todos os suportes, todas as formas são solicitadas. Papel de parede, vasos, tapetes de louça, móveis assinados, imitações, cópias e variações de edição limitada: das paredes do quarto à mesa da cozinha, todos os cômodos da casa remetem à arte.